Bem Vindos

Uma alegria e tanto recebê-los aqui. Queremos muito que essa passagem nos surpreenda, assim como a vocês também. Afinal de contas, é a vida... uma sucessão de encontros, mesmo que nestes últimos tempos, virtuais. É a vida, a nossa!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Direitos e deveres

Muito se ouve falar a respeito dos direitos do cidadão. Nunca os direitos foram tão exaltados como nos últimos tempos.

Criam-se códigos e códigos, estabelecendo os mais variados direitos das criaturas. Tanto o consumidor quanto a criança e o adolescente têm seus direitos assegurados por lei.

A imprensa nunca teve tanta liberdade de expressão como na atualidade.

Isso demonstra um grande progresso, não há dúvida.

Todavia, não podemos esquecer que ao lado de qualquer direito, há também um dever.

Ambos devem andar sempre juntos para serem legítimos.

Mas o que, infelizmente, vem ocorrendo, é que cada um só reclama seus direitos, relegando os deveres ao esquecimento.

O fornecedor que é também, sem dúvida, consumidor, será que pensa como tal nos direitos dos outros quando elabora seus produtos?

Ou será que só se lembra dos direitos do consumidor na hora de reclamar os seus direitos?

A criança e o adolescente, será que são alertados de que também têm deveres para com a sociedade em que vivem?

Há cidadãos que gritam alto pelos direitos de protestar, de fazer greve. Alegam que a greve é um instrumento legítimo para quem quer ver seus direitos respeitados.

Todavia, o que não levam em conta tais cidadão, é o direito das outras pessoas.

A greve será um instrumento legítimo sempre que, com esse ato, não se esteja desrespeitando o direito dos outros.

Se desrespeitar, por mais justa que seja a discussão, a greve já não será legítima.

Poderá até ser legal, mas não será honesta. Não podemos desejar, como pessoas lúcidas que pretendemos ser, que o nosso direito afronte o direito do nosso semelhante.

Quando estamos discutindo com o patrão por causa do salário, por exemplo, é um direito que temos, e é um dever do patrão pagar-nos o que nos seja devido, mas a comunidade à qual servimos não tem que pagar o preço da nossa contenda.

Se o médico deixa de atender aos doentes, não é o patrão que ele está afrontando.

Passa a dever à comunidade, por que fez juramento de salvar vidas, e não de salvar vidas quando ganhasse bem.

Se o professor deixa centenas de crianças analfabetas, está faltando com o sentimento de fraternidade e com o dever assumido perante a própria consciência.

O chofer ou o cobrador não devem, em nome do seu direito, deixar toda uma comunidade sem condução, quando sabem que os trabalhadores que dela dependem terão descontados os dias faltados, porque, em tese, o patrão não vai querer saber se há greve ou não.

As pessoas comuns precisam poder ir e vir, já que os mais abastados não viajam nos coletivos.

Assim, se estamos nos sentindo acossados pelos baixos salários, violentado pelos maus tratos profissionais, ou se temos qualquer outra dificuldade a acertar em termos funcionais, a nossa pendência será com o patrão, seja ele o Governo, seja o empresário da iniciativa privada. Jamais o povo, já demasiadamente desrespeitado, humilhado, desconsiderado.

***

O dever principia sempre, para cada um de nós, do ponto em que ameaçamos a felicidade ou a tranqüilidade do nosso próximo e acaba no limite que não desejamos que ninguém transponha com relação a nós.

Autor:
(Pergunta 111 do livro: Ante o Vigor do Espiritismo, ed. Fráter Livros Espíritas.)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Dias Ruins... Só Veríssimo pra ajudar!!!

Senhor, dê-me serenidade para aceitar as coisas que não posso mudar,
a coragem para mudar as coisas que não posso aceitar
e a sabedoria para esconder os corpos daquelas pessoas que eu tive que matar por estarem me enchendo o saco.

Também, me ajude a ser cuidadoso com os calos em que piso hoje, pois
eles podem estar conectados aos sacos que terei que puxar amanhã.

Ajude-me, sempre, a dar 100% no meu trabalho...
- 12% na segunda-feira,
- 23% na terça-feira,
- 40% na quarta-feira,
- 20% na quinta-feira,
- 5% na sexta-feira.

E... Ajude-me sempre a lembrar,
quando estiver tendo um dia realmente ruim e todos parecerem estar me enchendo o saco,
que são necessários 42 músculos para socar alguém e apenas 4 para estender meu dedo médio e mandá-lo para aquele lugar...

Que assim seja!!!

Viva todos os dias de sua vida como se fosse o último.
Um dia, você acerta.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Reforço Escolar...

Atualmente, vivencio uma experiência de Reforço Escolar, a qual ocorre quinzenalmente, direcionada para alunos com dificuldades de aprendizagem. O educador e a assessoria pedagógica listam as crianças e as dificuldades apresentadas por elas; encaminhamos a circular de rotina informando à família que o aluno necessita fazer parte na referida data. Os pais já sabem do que se trata por já terem sido bem-orientados em relação aos momentos e a sua importância durante o ano.

Estamos constatando que ele realmente funciona. Os alunos que estão frequentando os espaços de apoio paralelo individualizado vêm aumentando o seu desempenho em sala de aula. Já aqueles que não estão fazendo parte da parceria, permanecem com algumas dificuldades.

É importante reavaliar o aluno depois do RE para descobrir se a ação deu certo ou não. Para tanto, é importante fornecer desafios inerentes ao tema que o levou ao Reforço. São necessárias atividades, situações que tratem dos conteúdos para que seja observado o desempenho, não só diante dos temas do Apoio Paralelo Individualizado, mas também do acompanhamento da criança frente aos novos conteúdos vivenciados na turma.

O Reforço Escolar não é uma fórmula, mas um instrumento, um meio para auxiliar o processo educativo. Instrumento, este, que dá certo quando há compreensão do seu significado por todos os envolvidos – quando há compromisso, responsabilidade, vontade, planejamento e parceria.

“Se há dificuldades na aprendizagem, há dificuldades de ensino, há necessidade de Apoio Paralelo, há necessidade de Reforço Escolar”.

Alguns passos para se detectar a necessidade de Reforço Escolar:
O aluno conseguiu assimilar os conteúdos desenvolvidos?
Posso prosseguir com os conteúdos ou o aluno é capaz de conseguir mais?
O objetivo traçado foi alcançado? O que não foi atendido?
O aluno demonstrou segurança de acordo com o grau de integração e participação diante das atividades propostas?
O que você esperava trabalhar com tema? O que esperava do aluno em relação ao tema trabalhado?

Algumas questões relevantes:
Reforçar para quê? Para que quero realizar o Reforço Escolar?
O desejo de realizar o RE é para desenvolver habilidades na criança que até então não foram conseguidas, a fim de que a mesma acompanhe o processo educativo essencial para a sua identificação na condição de aluno-cidadão.

A favor do quê e de quem?
A favor do processo de ensino e aprendizagem – processo que tem como alvo principal o aluno e como mediador-facilitador o professor.
Como realizar o Reforço Escolar (Apoio Paralelo Individualizado)?

Com atividades que instiguem novas descobertas, com materiais diversos, dentre eles recursos visuais e ilustrativos, atividades elaboradas com desafios: textos lacunados (que podem vir com um banco de palavras), listagem, auto-correção, bingos (o aluno marca na cartela a resposta pertinente ao tema em estudo), acróstico (onde o aluno não precisa atender o estilo poético que direcionam os acróstico e, sim, caracterizar o tema em dificuldade), continuando o assunto (o aluno continua o texto sobre Vida de Criança, por exemplo, após explanação e discussão com o educador), oportunidade para o aluno ser reavaliado nas áreas curriculares, Orientação Humana e Língua Portuguesa - coesão textual, argumentação e regras ortográficas. Enfim, o momento de Apoio Paralelo Individualizado, ou seja, Reforço Escolar, deve ser um momento que auxiliem professor e aluno para superação de dificuldades.

Que procedimentos, metodologias e instrumentos utilizar para desenvolver o Reforço Escolar (Apoio Paralelo Individualizado)?
O primeiro passo para estabelecer procedimentos, metodologias, instrumentos é o planejamento das ações. É ser conhecedor do que é preciso trabalhar (que conteúdo(s), como proceder para que o conteúdo seja vivenciado, que recursos serão precisos para incrementar e desenvolver tal conteúdo), já que da forma convencional realizada anteriormente com a turma não foi positiva e como o aluno será reavaliado, como proceder diante das novas respostas obtidas na condição de facilitador da aprendizagem.

Texto de Raylene Rego Braz Andrade Oliveira. Pedagoga pela UPE, especialista em Interdisciplinaridade na Educação Básica e Magistério Superior pela FACINTER. Consultora pedagógica e Orientadora Educacional do CEJA e Assessora Pedagógica do Colégio Máster Junior - Juazeiro BA. Contatos: raylenerego@hotmail.com e www.raylenerego.blogspot.com

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Parceria com empresa melhora nota de escolas públicas.

CIRCE BONATELLI - Agência Estado

A Associação Parceiros da Educação divulgou esta semana o balanço de suas atividades em parceria com escolas da rede pública do Estado de São Paulo em 2009. A entidade trabalha com a mobilização de empresários para subsidiar escolas em que há necessidade de apoio a atividades pedagógicas e estruturais. Segundo balanço da associação, a nota média dos alunos da 1ª a 5ª série do ensino fundamental de escolas parceiras foi 6,3, nota 50% maior que a média geral do País, de 4,2.

Entre alunos da 6ª a 9ª série, a diferença foi de 23,7%, e no ensino médio, de 28,6%. A comparação usou as notas médias das 80 escolas parceiras em 2009, medidas pela Fundação Cesgranrio, e as notas de 2007 das escolas públicas do País, medidas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

De acordo com Jair Ribeiro, conselheiro da CPM Braxis e um dos coordenadores da Associação Parceiros da Educação, o avanço se explica pelo desenvolvimento de planos específicos às necessidades de cada escola. As medidas envolvem capacitação de professores, apoio financeiro para reformas e aquisição de material escolar, além de atividades em bibliotecas e salas de informática. Segundo a associação, todas as ações seguem a metodologia de ensino da Secretaria de Educação estadual. "Nós procuramos melhorar o que já existe, não começar tudo de novo", afirmou Ribeiro.

Foi o que aconteceu na Escola Estadual Francisco Brasiliense Fusco, no bairro do Campo Limpo, na zona sul da capital paulista. A unidade foi "adotada" pelo Grupo ABC, e recebeu uma série de incentivos desde que a parceria começou, em 2005. De acordo com informações da associação, houve a instalação de 51 computadores, construção de uma rádio comunitária, contratação de estagiários para realizar atividades esportivas nos finais de semana e a diretoria recebeu consultoria sobre gestão escolar. "Essa era uma escola onde ninguém queria estudar. Hoje temos uma fila de espera de mais de mil crianças," contou Nizan Guanaes, presidente do Grupo ABC, empresa do setor publicitário.

Procuram-se empresários

O dinheiro para essas ações vem de empresas voluntárias. Cada empresário destina, em média, entre R$ 150 mil e R$ 200 mil por ano para a escola que escolheu "adotar". "O programa investe em cada escola o equivalente a 10% do que o Estado gasta", disse Ribeiro. Até agora, 80 escolas paulistas (75 mil alunos) foram beneficiadas pelas parcerias com 52 empresas. A associação procura agora mais empresários para expandir a rede para 160 escolas até o fim de 2010, e chegar a 500 até 2013. "A ideia do programa é potencializar os investimentos do Estado com recursos para completar o que falta. Não assumimos a escola toda. Isso evita que se crie uma dependência pelas doações do empresário," explicou Ribeiro.

A associação defende que, após um período de adoção das escolas pelos empresários, passe a ocorrer a mobilização da comunidade para cuidar do local. "Um dos maiores problemas da educação no Brasil é que 70% da sociedade está satisfeita com a escola pública. Assim não se cria pressão política para melhorar a qualidade do ensino", avaliou Ana Maria Diniz, do conselho do Grupo Pão de Açúcar e uma das coordenadores da associação Parceiros da Educação.